É o fim da internet discada na AOL

AOL encerra internet discada nos EUA após mais de três décadas de história

8/11/20252 min read

O fim de uma era: a AOL, pioneira que levou milhões de americanos à internet nos anos 1990, decidiu desligar definitivamente seu serviço de internet discada em 30 de setembro de 2025. Com essa medida, chega ao fim uma era marcada por sons característicos de conexão, tons agudos e modems que despertavam os primeiros cliques de uma geração inteira.

O anúncio detalha o encerramento total das operações de dial-up, incluindo o discador AOL Dialer e o navegador AOL Shield. Depois de 34 anos de operação, desde 1991, a AOL se prepara para aposentar sua emblemática conexão discada. Afinal, o que restam são poucos milhares de usuários, números modestos, mas ainda emocionantes, concentrados em áreas rurais com acesso limitado à internet de alta velocidade.

Apesar da decadência, a AOL ainda ecoa na cultura pop americana. Frases clássicas como “You’ve got mail” nos lembram da presença marcante dessa conexão que foi, por muito tempo, sinônimo de novidade. Hoje, porém, o streaming, a conexão sem fio e as redes via satélite, como a Starlink, ocupam seu lugar dominante.

Mas o público brasileiro, acostumado com provedores gratuitos e acessos mais flexíveis como UOL, Terra, BOL e iG, não se adaptou ao modelo proprietário da AOL que exigia instalação via CD e uso de navegador exclusivo. Com a base de usuários estagnada em cerca de 125 mil até 2005, a operação foi oficialmente encerrada em 17 de março de 2006, e sua base de assinantes foi repassada para o Terra por um valor entre US$ 750 mil e US$ 1,9 milhão, dependendo do número de adesões.

Esta despedida final do dial-up pela AOL sinaliza muito mais do que o encerramento de um serviço técnico: é o fechamento simbólico de um capítulo da internet um momento perfeito para olhar adiante. A migração à banda larga e serviços avançados é inevitável, e mesmo regiões remotas agora têm esperança com tecnologias como fibra óptica e internet via satélite, conectando aqueles que antes ficavam à margem.

Da mesma forma, a história da AOL no Brasil lembra que não basta ter capital e marca reconhecida: é preciso se adaptar aos hábitos locais, oferecer experiência acessível e ouvir o usuário. O futuro da tecnologia pertence àqueles que percebem o contexto que entendem o usuário.