Spam telefônico evolui

O brasileiro está cada vez mais refém das chamadas de spam — aquelas ligações insistentes que tocam e, quando atendidas, não dizem nada. Esse silêncio, na prática, faz parte de sistemas automatizados que “testam” se a linha está ativa para depois repassar a confirmação a robocalls ou golpistas humanos. E o cenário piora: muitos criminosos usam essa técnica para aplicar fraudes, enganando vítimas em golpes de falsa central de atendimento ou clonagem de dados.

Para se proteger, órgãos como o Procon alertam: nunca compartilhe dados pessoais por telefone, mesmo se a voz do outro lado parecer confiável. E se a ligação cair logo depois de atender, desconfie — esse é um indício clássico de spam, não apenas uma falha de rede. Uma dica prática é checar se o prefixo do número corresponde à sua região; se não, o risco de ser telemarketing ou golpe é maior. Outra recomendação essencial é cadastrar seu número no site Não Me Perturbe e utilizar aplicativos de identificação de chamadas para filtrar ligações suspeitas.

A verdade é que, com a inteligência artificial avançando também para os golpistas, os cuidados precisam evoluir junto. O telefone, que deveria conectar pessoas, está virando porta de entrada para crimes — e o consumidor não pode dar bobeira.